segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Promoção e protecção de crianças e jovens em risco
O ano de 2007 foi fértil em situações que promoveram, nem sempre pelas melhores razões, o debate público sobre a problemática das crianças e jovens em risco.
Falou-se muito de negligência parental, de abuso e abandono de menores. A Casa Pia voltou às páginas dos jornais por razões pouco dignas. Quando menos se espera a comunicação social relata episódios e factos de negligência, abandono, abusos sexuais perpetrados em crianças e jovens, também aqui na nossa pacata terrinha.
Como em tudo, a realidade social em geral e estes fenómenos em particular podem ter diversos enfoques de análise, até porque estamos perante uma fenómeno muito complexo pois são muitos os factores que determinam a situação de risco nomeadamente: a pobreza, o desemprego, a carência ou a degradação habitacional, as más condições de higiene, a toxicodependência, o alcoolismo, a prostituição, a mendicidade, a violência, a degradação, o mau ambiente familiar e a falta de competências parentais para lidar com as crianças e jovens. Gostaria, pois, de colocar o sentido do vector na forma como a sociedade se tem organizado para dar resposta a estas problemáticas, partindo, sempre, da premissa de que o facto de se falar mais de um assunto não implica uma maior prevalência deste na sociedade, mas sim a possibilidade de haver uma maior sensibilidade social para o fenómeno.
Na verdade, as organizações chamadas da linha da frente no apoio aos jovens em risco, particularmente o Instituto de Acção Social, as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, o Tribunal de Família e Menores, o Ministério Público, as IPSS com valências de Lares de jovens, a PSP, mobilizam um conjunto de recursos e ferramentas para olhar o fenómeno de frente, olhos nos olhos, e numa perspectiva de partilha e cooperação operacionalizada no trabalho em rede.
Neste aspecto, têm sido dados passos muito importantes nas políticas sociais de apoio às crianças e famílias em risco, particularmente com a criação de equipas multidisciplinares especializadas em áreas tão importantes como a Preservação e Reunificação Familiar, Adopção e Acolhimento Familiar e Apoio aos Lares e Centro de Acolhimento. Assim se promove o superior interesse da criança, no seu direito a crescer numa família ou, em caso de acolhimento, ao respeito pelo seu bem-estar e desenvolvimento integral.
Sendo importante analisar a problemática da promoção e protecção das crianças em risco, a montante, nas suas origens, é também fulcral encontrar as respostas adequadas, através de organizações sociais capazes de um cabal enquadramento e resposta a esta problemática.
Neste sentido, há que promover uma cultura organizacional, junto das organizações envolvidas nesta problemática, orientada para a promoção do respeito pelas crianças e jovens, pela sua individualidade, em contextos de afecto que possibilitem o respeito pelos seus direitos mais fundamentais – nomeadamente integração escolar, acesso à saúde e relação com a família. Sendo mais ambiciosos, há que promover, em termos mais amplos, no conjunto das mediações simbólico-normativas, a promoção e protecção das crianças e jovens como um dos valores das sociedades modernas, numa concepção que encara o homem como produto e produtor de cultura.
A cultura contemporânea, ao contrário de épocas anteriores, deu à ordem simbólica uma dimensão autónoma relativamente à realidade, sendo ela, simultaneamente, uma componente constitutiva da própria realidade. É, pois, aí, na dimensão do simbólico, ou da organização social do sistema simbólico, onde operam as instituições que presidem à produção social, que devemos agir, de modo a criar condições para o emergir da criatividade, produtora de efeitos de mudança, numa interdependência entre agir social e cultura. Processos de mudança que terão de passar, obrigatoriamente, pelas práticas educativas, modelos de comportamento e valores, de forma mais acentuada junto de família em situação de risco.
Falou-se muito de negligência parental, de abuso e abandono de menores. A Casa Pia voltou às páginas dos jornais por razões pouco dignas. Quando menos se espera a comunicação social relata episódios e factos de negligência, abandono, abusos sexuais perpetrados em crianças e jovens, também aqui na nossa pacata terrinha.
Como em tudo, a realidade social em geral e estes fenómenos em particular podem ter diversos enfoques de análise, até porque estamos perante uma fenómeno muito complexo pois são muitos os factores que determinam a situação de risco nomeadamente: a pobreza, o desemprego, a carência ou a degradação habitacional, as más condições de higiene, a toxicodependência, o alcoolismo, a prostituição, a mendicidade, a violência, a degradação, o mau ambiente familiar e a falta de competências parentais para lidar com as crianças e jovens. Gostaria, pois, de colocar o sentido do vector na forma como a sociedade se tem organizado para dar resposta a estas problemáticas, partindo, sempre, da premissa de que o facto de se falar mais de um assunto não implica uma maior prevalência deste na sociedade, mas sim a possibilidade de haver uma maior sensibilidade social para o fenómeno.
Na verdade, as organizações chamadas da linha da frente no apoio aos jovens em risco, particularmente o Instituto de Acção Social, as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, o Tribunal de Família e Menores, o Ministério Público, as IPSS com valências de Lares de jovens, a PSP, mobilizam um conjunto de recursos e ferramentas para olhar o fenómeno de frente, olhos nos olhos, e numa perspectiva de partilha e cooperação operacionalizada no trabalho em rede.
Neste aspecto, têm sido dados passos muito importantes nas políticas sociais de apoio às crianças e famílias em risco, particularmente com a criação de equipas multidisciplinares especializadas em áreas tão importantes como a Preservação e Reunificação Familiar, Adopção e Acolhimento Familiar e Apoio aos Lares e Centro de Acolhimento. Assim se promove o superior interesse da criança, no seu direito a crescer numa família ou, em caso de acolhimento, ao respeito pelo seu bem-estar e desenvolvimento integral.
Sendo importante analisar a problemática da promoção e protecção das crianças em risco, a montante, nas suas origens, é também fulcral encontrar as respostas adequadas, através de organizações sociais capazes de um cabal enquadramento e resposta a esta problemática.
Neste sentido, há que promover uma cultura organizacional, junto das organizações envolvidas nesta problemática, orientada para a promoção do respeito pelas crianças e jovens, pela sua individualidade, em contextos de afecto que possibilitem o respeito pelos seus direitos mais fundamentais – nomeadamente integração escolar, acesso à saúde e relação com a família. Sendo mais ambiciosos, há que promover, em termos mais amplos, no conjunto das mediações simbólico-normativas, a promoção e protecção das crianças e jovens como um dos valores das sociedades modernas, numa concepção que encara o homem como produto e produtor de cultura.
A cultura contemporânea, ao contrário de épocas anteriores, deu à ordem simbólica uma dimensão autónoma relativamente à realidade, sendo ela, simultaneamente, uma componente constitutiva da própria realidade. É, pois, aí, na dimensão do simbólico, ou da organização social do sistema simbólico, onde operam as instituições que presidem à produção social, que devemos agir, de modo a criar condições para o emergir da criatividade, produtora de efeitos de mudança, numa interdependência entre agir social e cultura. Processos de mudança que terão de passar, obrigatoriamente, pelas práticas educativas, modelos de comportamento e valores, de forma mais acentuada junto de família em situação de risco.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
domingo, 16 de dezembro de 2007
Ponta Delgada está a mudar
A história desta nossa velha urbe está em franca mudança. Primeiro fisicamente, depois socialmente. Não tenho dúvidas. O projecto"portas do mar", pelas suas novas dinâmicas irá motivar fortes mudanças em Ponta Delgada.É o momento de viragem: de pequena urbe, escondida e envergonhada ao turista, desabrocha uma nova cidade mais cosmopolita e virada ao mar. É a altura para se repensar a nova centralidade do centro histórico. Assumindo a sua cultura, a suas raizes, saiba P. Delgada integrar o cosmopolitismo, a globalização ao nível mais formal e estético simbólico, com a dimensão ético axiológica de raízes mais profundas, permanentes, por natureza singular, único, e que dá consistência às vivencias individuais e colectivas.
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