Aí está a badalada inauguração das portas do mar.
Obra de vulto, esta. Devo dizer que, pessoalmente, gostei. Respira-se modernidade e um novo olhar simbólico para o mar. Espero que signifique um novo paradigma de desenvolvimento, ou devo dizer um novo ciclo, o do turismo. É de apostar.
Politicamente, é uma obra de fim de ciclo. A cereja em cima do bolo. O sair em grande para qualquer politico. Em ombros.
Porque não o faz César? Muitas respostas poderão servir, mas a verdadeira razão só poderá ser dada na noite das próximas eleições, ou melhor, no dia em que César apresentar o próximo governo. Há muitas áreas governativas que dão claros sinais de cansaço, de falta de projectos futuros, já deram o que tinham a dar, e alguns até deram muito. O próprio presidente parece andar à procura de novas motivações, de novas lutas políticas, "como animal político" que é, dos poucos, aliás, nos Açores ou mesmo em Portugal, pelo menos no activo.
Esperemos, para bem dos Açores, que o próximo governo não constitua um arrastar de pés de alguns políticos que já não dão mais, porque já deram tudo o que tinham a dar.
Renovação e novos projectos, é o que se pede, para o futuro, como as portas do mar.