segunda-feira, 12 de maio de 2008

Dia dos Açores


Dia dos Açores, mesmo, porque dia da autonomia veio depois, muito depois.
É esta matriz cultural, também mergulhada nas festividades do Divino Espírito Santo, que agita a nossa identidade ao nível dos símbolos e ícones que nos faz diferentes numa globalização cada vez mais igual. É esta identidade que nos dá singularidade, que dá consistência às nossas vivências individuais e colectivas.
É esta singularidade, mergulhada no basalto, rijo, duro e na ondulação, quase mística, das marés e da sismologia que nos talha o carácter, o ser açoriano, o ser ilhéu. É a acorianidade, contra ventos e marés, de Natália de Almeida a Vitorino Nemésio, de Antero de Quental a Dias de Melo de César a Teófilo Braga, de Hintze Ribeiro a Cristóvão de Aguiar, de Aristides Moreira da Mota a Onésimo Teotónio de Almeida e tantos outros.
É a nossa identidade, a nossa singularidade, que nos dá confiança, motivo para, politicamente, afirmarmos a nossa autonomia, o nosso processo autonómico. Sem favores. Foi assim nos movimentos autonómicos do século XIX, na luta contra "a pátria madrasta", em que se lutava pela respeito à nossa terra, pelo direito à diferença, é assim nos tempos actuais e assim será no futuro.
Viva os Açores... autónomos.

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